domingo, 4 de novembro de 2012

Orgulho de ser alagoano

Alagoas


O artesanato 

      Sou alagoano com orgulho, apesar de seus problemas sociais e estruturais, nosso Estado é muito rico em belezas naturais e princialmente cultural. Quando criança participava nas escolas e até mesmo na rua em que moro de manifestações artísticas típicas alagoanas. 

      Já dancei muita quadrilha, prestigiei apresentações de guerreiros, dancei coco-de-roda, meus amigos e eu já fizemos Bum-meu-boi no carnaval e saímos nas ruas tocando instrumentos, mantendo viva nossas tradições. Cara... Tenho amigos que até hoje dançam quadrilhas e que representem nosso Estado pelo Nordeste. 

      Outra forma de manifestação cultural alagoana muito interessante é o Artesanato, que é riquíssimo. Meu cunhado é artesão e a maioria de suas peças ele próprio quem fabrica. Já tive oportunidades de ajuda-lo a construir algumas peças e é maravilhoso quando vemos o resultado, não é apenas um trabalho, uma forma de sustento, mas também é a transmissão da nossa identidade através de verdadeiras obras de arte.

     Indico à todos conhecerem o artesanato de Alagoas e principalmente o Mercado do Artesanato que fica no centro de Maceió.
           

 

                                                        Um dos maiores artesões de Alagoas,
                                                         meu cunhado Cherleton Ursulyno,
                                                         sua loja fica no Mercado do Artesanato,
                                                         no centro de Maceió-AL.
                                                         Contato: (082) 8882-0539

 
                             Obras revestidas com fibras sintéticas e cipós    
      
 

     Além do artesanato, Alagoas também nos oferece uma vasta série de manifestações culturais, que são características do folclore alagoano.                                                      

Manifestações Folclóricas 

        Alagoas se configura como estado que detém a maior diversidade de manifestações culturais populares, com destaque para os 27 tipos de folguedos e danças populares que são fonte de referência para estudiosos e artistas de todo o país. As baianas, o bumba-meu-boi, a cavalhada, o fandango, o guerreiro, pastoril, quilombo e reisado são os mais conhecidos folguedos que compõem o diversificado folclore alagoano:

REISADO


        Originário da cultura portuguesa, onde era costume a saída de grupos, durante o período natalino, de casa em casa anunciando o nascimento de Jesus, o nosso Reisado é similar ao vasto ciclo de folguedos derivados das "Janeiras" e "Reis", que encontramos no folclore de outros estados brasileiros.

FANDANGO


       Ao contrário do sul do Brasil, onde o fandango é um baile com dança de pares, de origem espanhola, este auto é uma dança dramática com motivo náutico, com forte inspiração portuguesa. Esta influência, aliás, está bem presente nas cores das vestimentas dos participantes (azul e branco) e no acompanhamento das cantigas, executado por violão e cavaquinho.

BAHIANAS


       Oriundo do Sul de Pernambuco, este folguedo penetrou em nossa cultura, inicialmente, como clube de carnaval, fixando-se, posteriormente, como função natalina. É uma modificação rural do Maracatu, em que elementos do Pastoril e dos Côcos se misturam a danças e canções de nítida influência religiosa negra, sem a participação da corte e da boneca, como no caso daquele.

BUMBA-MEU-BOI


       O Bumba-Meu-Boi é uma manifestação que celebra o boi, representado em quase todo o Brasil, com pequenas variações de nome e estilo. O "boi", uma armação de madeira recoberta de tecido vistoso, é conduzido por dois vaqueiros, entre danças e trejeitos, no meio da multidão. Durante o auto, é comum a apresentação de pequenas coreografias relativas a outros animais.

PASTORIL


       De origem lusitana, reproduz peças natalinas defronte a presépios ou em tablados armados com esta finalidade, e é o mais popular e difundido folguedo de Natal no Folclore de Maceió. Em geral, participam apenas moças, (pastorinhas), em número de doze, ou mais, divididas em dois cordões, o azul e o encarnado, cores que ostentam nas vestes (faixas, aventais, saias, blusas ou boleros).

CAVALHADA


      Realizado em parques especialmente construídos com essa finalidade, praças ou locais amplos, próximos às igrejas, consiste, basicamente, em uma corrida de cavalos, em que os competidores tentam tirar o maior número de argolas suspensas por uma garra. Os competidores, em número de doze, divididos em dois "cordões", iniciam o folguedo com uma visita à igreja ou ao santo, que é colocado num pedestal, enfeitado no local da corrida.

GUERREIRO


         É uma seqüência de cantigas dançadas por um conjunto de bailarinos paramentados de vestimentas multicoloridas, imitando antigos trajes da nobreza colonial. Nestes paramentos, a seda, o brocado e os metais e pedras preciosas são substituídos, pelo gosto e possibilidade econômica do povo, por fitas, espelhos, enfeites de árvore de natal, contas coloridas, diademas e coroas de imitação.

QUILOMBO


        Inicialmente, tido como originário dos acontecimentos na Serra da Barriga, o Quilombo é, na verdade, uma adaptação alagoana de danças que representam lutas, ora entre brancos e negros, ora índios, ora mouros e cristãos. O Quilombo pode ser representado em qualquer época do ano, mas é mais comum em festividades religiosas: de padrociras e natalinas.

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